quinta-feira, 19 de junho de 2014

SOBRE A GREVE DA FASUBRA.


Gibran Jordão.

Em breve vamos publicar uma análise mais profunda sobre os últimos acontecimentos, mas desde já queremos registrar publicamente algumas opiniões no sentido de dialogar com o conjunto da categoria que luta bravamente em defesa da universidade publica, por salários e direitos nessa greve.
01- O governo Dilma e seus agentes que atuam em nossa categoria tentaram de todas as formas destruir nosso movimento paredista desde o início. Sem sucesso e completamente derrotados até o momento a unica forma que lhes restou foi a judicialização e criminalização de nossa greve. Fato muito comemorado pelo governo e pelos governistas que atuam em nossa categoria. O ofício abaixo enviado as reitorias mostra qual é a política desenvolvida dentro do MEC: Virar as costas para os trabalhadores e esmagar tod@s aqueles que se levantarem para questionar e lutar contra a política do governo.
02- Apesar de todos os ataques a greve inegavelmente contribuiu efetivamente para abrir negociações com avanços em relação aos turnos contínuos e a redução da jornada, bem como derrotou momentaneamente a implementação da EBSERH na UFPR frustrando os planos do governo.
03- Esses avanços da greve são provas vivas de que incomodamos muito e que a greve não está sem rumo e sem força como diz os governistas que atuam em nossa categoria. Discurso esse também assumido por dirigentes da ANDIFES em delcarações publicas...
04- A decisão judicial sequer ouviu os argumentos da FASUBRA e SINASEFE no qual um dos motivos da greve é o não cumprimento integral do acordo por parte do governo federal.
05- O absurdo da decisão judicial é tal gritante, que no caso do SINASEFE, a sentença do juíz diz que o SINASEFE está descumprindo um acordo assinado pelo PROIFES. Entidade que recentemente perdeu na justiça para o próprio SINASEFE o direito de representar os docentes dos IFs.
06- Cabe lembrar que o MEC e o governo Dilma assinaram um acordo com o PROIFES para retalhar o ANDES-SN e o SINASEFE em 2012. Numa total falta de respeito com as entidades de representação legitima dos docentes.
07- O CNG/FASUBRA está orientando o retorno unificado para o dia 25, poderíamos avançar um pouco mais com a greve para fortalecer os processos de negociação que estão se dando pela base em relação aos turnos contínuos e redução da jornada. Mas essa decisão está motivada pela truculência do governo em judicializar e criminalizar a nossa greve.
08- Nesse momento estamos preparando todas as iniciativas judiciais para reverter tal situação, bem como obrigar o governo a negociar com nossa categoria já que na própria decisão do STJ deixa claro que o governo precisa negociar.Fato que sequer é citado pelo oficio do Senhor Paulo Speller como podemos ver no anexo abaixo.
09- As conclusões políticas que nossa categoria deve tirar vão no sentido de compreender que o projeto político desenvolvido pelo governo Dilma em aliança com setores pesados da direita ( Maluf,Sarney, Collor,Renan e etc...) não tem diferenças na essência com o próprio PSDB. Assim, a candidatura de Dilma/Temer e de Aécio representa o mesmo projeto estratégico.
10- Essa compreensão já vem sendo assumida por um numero cada vez maior de trabalhadores em todo país, e é por isso que Dilma tem caído nas pesquisas.Ou seja, um numero cada vez maior de trabalhadores vem conseguindo entender que PT e PSDB possuem projetos iguais! Com uma diferença, o PT ainda exerce controle sobre o movimento sindical, e enquanto continuar domesticando centenas e milhares de sindicatos e sindicalistas pelo país, continuará sendo de confiança para o capital.
11- É preciso dizer que muitos lutadores nessa greve apresentam ainda ilusões com o governo Dilma e capitulam ao discurso do voto útil. Respeitamos a opinião desses companheir@s, mas a política mais consequente e coerente no momento é romper de vez com o projeto político do PT e seus aliados no movimento sindical ( CUT e CTB). Não é possivel que depois de sofrermos tantos ataques e a truculência insana desse governo, vamos ver esses companheiros fazendo campanha e defendendo Dilma nas eleições do segundo semestre. Há outras alternativas de esquerda e precisamos fortalece-las para construir um outro caminho tanto no movimento sindical como na disputa política desse país. Nós da CSPconlutas fazemos esse chamado fraterno!
12- Quero dizer a tod@s os companheir@s que estive ombro a ombro nessa greve qe estou orgulhoso de tod@s. Eu vi mulheres e homens lutando em todos os cantos desse país com muita garra, criatividade e esperança de não só defender a universidade publica e melhores condições de trabalho. Bem como a possibilidade de uma outra sociedade no qual possamos ampliar os direitos democráticos e dividir a riqueza de forma igualitária entre aqueles que realmente a produz: Os trabalhadores!
13- Por fim, é preciso registrar que a nossa luta não acabou e que não resta outra alternativa se não nos preparamos para novos enfrentamentos e possíveis greves.
NEM DIREITA...NEM PT!
Só a luta muda a vida!
Gibran Jordão.
Coord.Geral da FASUBRA.
Militante da CSPconlutas.
Obs: Por ordem do governo e da FIFA continuo bloqueado no facebook, assim, tod@s aqules que simpatizarem com esse artigo... Peço que compartilhem e socializem com outros companheir@s e grupos no facebook, fico imensamente agradecido.

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