quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TAs MOVIMENTAM BRASÍLIA E CONSEGUEM AUDIÊNCIA COM HADDAD



Insatisfeitos com a inclusão da folha de pessoal na estratégia do governo para manter as despesas sob controle e enfrentar as turbulências externas, os servidores públicos deram o primeiro sinal nesta quarta-feira (10/8) de que vão radicalizar caso o governo não atenda às reivindicações de reajustes salariais.

Com faixas, apitos e vuvuzelas, ao menos 2,5 mil trabalhadores fizeram manifestações ao longo de todo o dia na Esplanada dos Ministérios.

No período da manhã, uma representação composta por cinco membros da Direção Nacional da FASUBRA e mais cinco componentes do Comando Nacional de Greve foi recebida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, e o secretário-executivo do MEC, Henrique Paim, para discutir a greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação das universidades brasileiras.

Na ocasião, a comissão relatou aos representantes do Governo Federal que a questão da judicialização da greve pelo Superior Tribunal de Justiça, na semana passada, é fato inédito e relevante nesse Governo oriundo das classes trabalhadoras, e avaliou que até mesmo aquela Corte havia reconhecido a legalidade do movimento paredista sentenciando que, pelo menos, 50% da categoria deveria retornar aos postos de trabalho.

Em contrapartida, a comissão ouviu do ministro que ele “jamais iria deixar de fazer o papel de mediar o conflito” junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), e perguntou qual seria a alternativa apontada pela comissão para que se construísse uma “trégua” com os TAEs.

O CNG e a DN FASUBRA sugeriram, então, que um movimento importante por parte do Governo Federal seria o MPOG receber a FASUBRA em greve, e que fosse apresentada uma proposta de reajuste do piso salarial da categoria, com ampliação do valor e reflexo para todas as classes.

Apesar de não ter sido chamada para negociar a greve, na reunião, o ministro salientou que vai analisar a proposta da FASUBRA junto a outros setores do Governo e acrescentou que considera a sugestão de elevação do piso pertinente. Fernando Haddad, voltou a reiterar sua predisposição de intermediar o conflito iniciado em 06 de junho. “Independente da continuidade da greve, não vou me eximir do meu papel de educador, de estar reelaborando as políticas na área da educação”, falou.

À tarde, 1,1 mil servidores técnico-administrativos das universidades federais fizeram uma caminhada pela Esplanada e, ao chegar ao Palácio do Planalto, encontraram outros 500 policiais e bombeiros que também faziam protestos. Os pedidos são comuns. Além de aumentos salariais, os trabalhadores querem melhores condições de trabalho e reestruturações na carreira.

Um comentário:

  1. O que voces da UFSCAR decidiram em assembléia para cumprir a liminar?? Voltaram 50% em todos os setores ou 50% da universidade?
    Abraço.

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