COMUNICADO n° 05 www.sintufscar.ufscar.br - sintuf@ufscar.br
Comando
Local de Greve -
São Carlos, 14 de abril de 2014
Nota sobre a greve expõe todo apoio da reitoria ao
Governo
A reitoria da
UFSCar divulgou na sexta-feira, pelo Inforede, uma Nota acerca da greve dos
TA’s, que expõe toda sua contradição entre o apoio ao governo Dilma/PT e o
movimento grevista que atinge mais de 40 universidades em todo Brasil.
Não é novidade
para ninguém que a reitoria da UFSCar é alinhada com o governo Dilma/PT mas a
Nota divulgada é absolutamente ridícula e, pior, distorce informações. Vejamos:
- A Nota
afirma que o governo mantém as negociações e que a greve não se justifica: Já respondemos isso, inclusive, apresentamos na mesa de negociação um
documento da FASUBRA que nega que o governo esteja negociando com o movimento.
Uma tática da
reitoria tem sido afirmar que desconhece nossa pauta, como forma de
descredenciar a greve;
- Pontos que a reitoria considera
questionáveis tais como 30 horas e EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares): Nenhuma posição oficial existe acerca da adoção das 30 horas
na UFSCar. Esse tema, inclusive, está pautado pelo Conselho Universitário que
ainda aguarda consulta que está sendo realizada no campus. A reitoria, que
disse ser favorável ao pleito, por ocasião da Eleição para a reitoria, hoje faz
campanha contra a adoção.
A EBSERH não foi debatida em lugar algum. Foi aprovada pelo Conselho
Universitário, sob pressão da reitoria, que defende o mesmo projeto do governo
Dilma/PT para os Hospitais Universitários;
- Sobre
acordo entre Comando de Greve e reitoria para que fossem estabelecidas
diretrizes para o funcionamento da universidade: O Comando de greve se
manifestou contrário na mesa de negociação a essa questão sem saber o que
seriam essas diretrizes já que os TA’s estão recebendo forte pressão para que
executem tudo o que a reitoria entende prioritário. As “situações que possam produzir perdas financeiras
às pessoas”
tem servido, única e exclusivamente, para as chefias de departamentos
pressionarem os TA’s a fazerem uma série de pagamentos que não se tem acordo
com o Comamdo como, por exemplo, diárias e emissão de passagens;
- Sobre o
corte do ponto: a reitoria, seguindo orientação do governo, divulga estar
sendo pressionada pela AGU, PGF e MPOG para assinalar quem estaria fazendo
greve ou não.
Essa ameaça é
absolutamente descabida e inaceitável já que a greve não está sendo julgada
pela Justiça e tão pouco as reitorias tem obrigação legal de fazer essa “deduragem”.
Faz um discurso de apoio à greve e ameaça o movimento com o Corte de Ponto.
Essa tem sido a marca desse governo que prefere judicializar as greves em
detrimento de negociar com os grevistas;
- Eleição
para a DISG (Divisão de Serviços Gerais): A reitoria se comprometeu mais
uma vez com a eleição mas estamos reivindicando isso há anos. Já foi pauta da
greve de 2011. Vamos aguardar.
- Afastamentos
para capacitação e qualificação: a reitoria reconheceu o atraso nesta
discussão e concordou, na mesa, com a ampliação momentânea da representação
para agilizar um texto que verse sobre o tema. Ao que parece mudou de ideia
repentinamente.
Por fim queremos
manifestar toda nossa indignação frente à essa tentativa de atacar nosso
movimento já que a reitoria tem se prestado a defender incondicionalmente o
governo Dilma/PT em detrimento de uma universidade que vem sendo atacada com
várias medidas no sentido de sua privatização, do aumento da terceirização, da
precarização dos contratos de trabalho e de uma expansão sem condições de
trabalho que tem afetado diretamente a qualidade do ensino nas universidades.
O governo que a reitoria defende...
O governo
Dilma/PT tem se recusado a atender a FASUBRA para discutir a greve e o
atendimento da pauta de reivindicações. Alega, através dos meios de
comunicação, a impossibilidade de atender as demandas por falta de recursos
financeiros, mas, na prática, não tem dado o mesmo tratamento a outros setores
como aos banqueiros, empresários, políticos da sua base de sustentação e à
corrupção.
Não
tem dinheiro?..
Compra de uma refinaria em
Pasadena, Eua:
Em
2006, a Petrobrás decide comprar 50% da refinaria de Pasadena por US$ 360
milhões, que por sua vez havia sido comprada pela Astra Oil por US$ 42,5
milhões apenas um ano antes. Isto é, a empresa vendedora recebeu 17 vezes a
mais do que havia gasto na compra de metade da refinaria!
Em 2008, a Petrobrás entrou em disputa
judicial com a Astra Oil e, em 2012, foi obrigada a desembolsar mais US$ 820
milhões para comprar a outra metade da refinaria. Em 6 anos a Petrobrás gastou
cerca de R$ 2,7 bilhões (no câmbio atual) em uma refinaria que valia R$ 98,6
milhões! O caso está sendo apurado pela Polícia
Federal
Dívida Pública (dinheiro para os
banqueiros)
O Congresso
Nacional aprovou, no final do ano passado, a Lei Orçamentária
Anual (PLOA) para 2014, prevendo um total de despesas de R$ 2,4
trilhões, dos quais a impressionante quantia de R$ 1,002 trilhão (42%) é
destinada para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Esse
privilégio mostra que o endividamento é o maior problema do gasto público
brasileiro, e afeta todas as áreas sociais, tendo em vista que o valor de R$
1,002 trilhão consumido pela dívida corresponde a 10 vezes o valor previsto
para a saúde, a 12 vezes o valor previsto para a educação, e a 4 vezes mais que
o valor previsto para todos os servidores federais (ativos e aposentados) ou
192 vezes mais que o valor reservado para a Reforma Agrária.
Gastos com a Copa: “Tem dinheiro pra
Copa, mas não pra Saúde e Educação”
Os gastos com a
realização da Copa do Mundo é um dos principais alvos das manifestações pelo
Brasil. A frase “tem dinheiro pra Copa, mas não pra saúde e educação” é
repetida por milhões. Também não faltaram cartazes pedindo hospitais, escolas e
universidades com “padrão FIFA”. Ou ainda, faixas que dizem: “se seu filho
ficar doente, leve a um estádio”. Os gastos da Copa são revoltantes. No
Brasil já foram gastos mais de R$ 27 bilhões de
Reais
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